Arcossó

A sudoeste de Chaves, paredes-meias com Boticas e Vila Pouca de Aguiar, Arcossó define-se numa envolvência paisagística marcada pelo vale onde cresceu, alimentada pelas bacias hidrográficas da ribeira da Oura e do Tâmega.

A origem da aldeia deve remontar ao tempo em que os senhores medievais eram também senhores da terra e de poderosos castelos. Ao longo dos séculos a identidade de Arcossó ganhou caracter através das ruas e calçadas que modelam a aldeia. As suas gentes construíram um património único que convida a descobrir, quer seja numa igreja, numa casa nobre ou na conversa com um habitante local.

Capela de Santo António

As capelas no contexto rural adquirem uma linguagem muito própria, fruto de uma encomenda cujos recursos económicos, mais não davam, do que para pagar a um pedreiro local. No entanto, o propósito era suprir a necessidade de culto de uma comunidade isolada ou prestar a devoção a um determinado santo. Neste caso concreto, a capela dedicada a Santo António, prima por uma linguagem vernacular bastante simples na arquitetura e na planta. Terá sido edificada no curso da primeira metade do século XVIII, uma vez que, em 1758, já surgia referenciada como uma ermida dedicada a Santo António administrada pelo povo e pároco. Desconhecemos as modificações que lhe foram introduzidas nos séculos posteriores. Contudo, destaca-se o painel de azulejos na fachada lateral esquerda que convida aos viajantes a refletir sobre o pensamento do padre Adolfo Magalhães.

Igreja de S. Tomé

A pretensa origem medieval da igreja de S. Tomé diluiu-se nas obras de remodelação ocorridas entre os séculos XVII e XIX. O templo prima por uma traça maneirista de grande austeridade decorativa. Os séculos XVIII e XIX acrescentaram beleza e valor patrimonial à igreja de S. Tomé. Primeiro com a remodelação do retábulo principal e depois com a execução dos retábulos laterais, ao passo que, em 1825, foram executadas as pinturas do teto da nave. Sobre a cornija de cantaria, a cobertura em falsa abóbada de berço, de madeira, pintado de verde e decorado com quadraturas sobrepostas por festões, ritmados por plintos que suportam vasos de flores, nos topos, tem os quatro evangelistas, com os respetivos atributos e identificados pela legenda, figurando do lado do evangelho S. João e S. Marcos e no lado oposto S. Lucas e S. Mateus. Ao centro foi representada uma cartela com a Ressurreição de Cristo. A torre sineira separada do corpo da igreja confere um carater muito próprio ao templo.
Particularmente interessante é a presença de uma ara romana no interior do templo que atesta a antiguidade de Arcossó. Nesta ara que serve de plinto ao livro de leituras das eucaristias, tem algumas dificuldades de leitura, sendo geralmente aceite seria dedicada aos deuses Lares Gegeiquis. Segundo Rodrígues Colmenero pode-se ler: MAXVMVS / TRVPEISI F(ilius) / RVFIN(us) L(aribus) GEGEIQIS / V(otum) S(olvit) L(ibens) M(erito)

Arcossó

A sudoeste de Chaves, paredes-meias com Boticas e Vila Pouca de Aguiar, Arcossó define-se numa envolvência paisagística marcada pelo vale onde cresceu, alimentada pelas bacias hidrográficas da ribeira da Oura e do Tâmega. A origem da aldeia deve remontar ao tempo em que os senhores medievais eram também senhores da terra e de poderosos castelos. Ao longo dos séculos a identidade de Arcossó ganhou caracter através das ruas e calçadas que modelam a aldeia. As suas gentes construíram um património único que convida a descobrir, quer seja numa igreja, numa casa nobre ou na conversa com um habitante local.

Capela de Santo António

As capelas no contexto rural adquirem uma linguagem muito própria, fruto de uma encomenda cujos recursos económicos, mais não davam, do que para pagar a um pedreiro local. No entanto, o propósito era suprir a necessidade de culto de uma comunidade isolada ou prestar a devoção a um determinado santo. Neste caso concreto, a capela dedicada a Santo António, prima por uma linguagem vernacular bastante simples na arquitetura e na planta. Terá sido edificada no curso da primeira metade do século XVIII, uma vez que, em 1758, já surgia referenciada como uma ermida dedicada a Santo António administrada pelo povo e pároco. Desconhecemos as modificações que lhe foram introduzidas nos séculos posteriores. Contudo, destaca-se o painel de azulejos na fachada lateral esquerda que convida aos viajantes a refletir sobre o pensamento do padre Adolfo Magalhães.

Igreja de S. Tomé

A pretensa origem medieval da igreja de S. Tomé diluiu-se nas obras de remodelação ocorridas entre os séculos XVII e XIX. O templo prima por uma traça maneirista de grande austeridade decorativa. Os séculos XVIII e XIX acrescentaram beleza e valor patrimonial à igreja de S. Tomé. Primeiro com a remodelação do retábulo principal e depois com a execução dos retábulos laterais, ao passo que, em 1825, foram executadas as pinturas do teto da nave. Sobre a cornija de cantaria, a cobertura em falsa abóbada de berço, de madeira, pintado de verde e decorado com quadraturas sobrepostas por festões, ritmados por plintos que suportam vasos de flores, nos topos, tem os quatro evangelistas, com os respetivos atributos e identificados pela legenda, figurando do lado do evangelho S. João e S. Marcos e no lado oposto S. Lucas e S. Mateus. Ao centro foi representada uma cartela com a Ressurreição de Cristo. A torre sineira separada do corpo da igreja confere um carater muito próprio ao templo. Particularmente interessante é a presença de uma ara romana no interior do templo que atesta a antiguidade de Arcossó. Nesta ara que serve de plinto ao livro de leituras das eucaristias, tem algumas dificuldades de leitura, sendo geralmente aceite seria dedicada aos deuses Lares Gegeiquis. Segundo Rodrígues Colmenero pode-se ler: MAXVMVS / TRVPEISI F(ilius) / RVFIN(us) L(aribus) GEGEIQIS / V(otum) S(olvit) L(ibens) M(erito)