Calvão

Nas faldas da serra da Panadeira ergue-se a aldeia de Calvão, detentora de uma história milenar que nos conduz até à pré-história. Nos povoados castrejos do Outeiro dos Mouros, de Lamarelhas e do Facho, escreveu-se parte da história de um povo que moldou o território numa fantástica relação entre o Homem e a natureza. A identidade das gentes de Calvão revela-se, igualmente, através da sua fé e nas mais diversas manifestações, como são exemplo os cruzeiros, ou as capelas de Nossa Senhora do Amparo ou o Santuário da Senhora Aparecida, um património único que nos convida a explorar um território de lugares fantásticos.

Capela de Nossa Senhora da Aparecida

O culto Mariano adquiriu grande expressividade no território português no curso do século XIX proliferando diversos templos dedicados à Virgem, cujo mais paradigmático é o dedicado à Nossa Senhora dos Remédios em Lamego. Com efeito, a nível rural há igualmente casos excecionais do culto à virgem como é o caso da Nossa Senhora da Aparecida, em Calvão. Tudo começou, em 1833, quando a Virgem terá aparecido a três pequenos pastores: Manuel, Maria Rosa e Teresa Fernanda. O povo imbuído de fé procedeu, nesse mesmo ano, à construção de uma pequena capela. Em 1842 construiu um novo templo, de maiores dimensões, ligada ao primeiro através de um terreiro. Em 1880, a construção de um nicho no topo de um penedo, materializava a fé da população em torno de Nossa Senhora da Aparecida. A principal igreja deste complexo prima pela austeridade decorativa das suas formas e pelo despojamento decorativo do seu interior, concentrado apenas no altar-mor de matriz neoclássica.

Capela de Nossa Senhora do Amparo

A capela de Nossa Senhora do Amparo é uma das mais antigas de Calvão. A capela, em 1617, era dedicada a Nossa Senhora do Rosário, alterando-se o seu orago em data desconhecida. A sua arquitetura é particularmente simples, um apanágio dos modelos executados no século XVII. À capela de Nossa Senhora do Amparo está associado o primeiro campo-santo, ou cemitério do povo em Calvão registado em Novembro de 1835. O fuste de uma coluna da época romana a suportar uma pia baptismal, atesta a antiguidade desta aldeia.

Capela de S. José

A capela de S. José implantada num cabeço na margem esquerda do ribeiro do “Crasto” é o resultado do empenho do Padre Gregório Domingues que, em 1752, a mandou edificar para nela sepultar. Tal ocorreu em dezembro de 1780 deixando no seu testamento rendimentos para a conservação do templo “enquanto o mundo for mundo”. A simplicidade arquitetónica do templo de uma só nave manifesta a vontade do seu instituidor que pretendeu ser sepultado rodeado de um ambiente bucólico.

Igreja de Santa Maria

A igreja de Santa Maria escreve a sua história entre a lenda e a realidade. A lenda remete-nos para o longínquo século XII, quando as filhas de Gralho e Maria Mantela fundaram esta igreja. Desse passado longínquo restam apenas duas sepulturas antropomórficas situadas no adro da igreja e um sarcófago que se encontra atualmente na berma de um caminho junto à fonte pública. As reformas barrocas e neoclássicas levadas a cabo nos séculos XVIII e XIX encarregar-se-iam de descaracterizar ainda mais a secular igreja. Em 1941 o campanário foi destruído por um ciclone e nos anos 90 proceder-se-ia à reconstrução parcial do templo imprimindo a atual configuração. O interior prima pela simplicidade materializada pelo retábulo neogótico onde figuram as imagens de N. Senhora da Assunção, S. Francisco e Santo António.

Outeiro dos Mouros

O Outeiro dos Mouros é um dos mais impressionantes castros da Idade do Ferro do concelho de Chaves. Destacado e imponente, este povoado apresenta três linhas de muralhas, de aparelho faceado que em alguns pontos apresenta ainda três metros de altura.
A sua implantação estratégica de controlo e a existência das linhas de muralhas demonstra bem o cuidado que estas populações da Idade do Ferro tiveram em se defender e de controlar o território envolvente. Defendiam-se de animais, é certo, mas sobretudo de outras comunidades com que manteriam atritos. Estávamos num período onde existiam grupos humanos organizados em tribos que já dominavam o ferro. Isso mesmo demonstram algumas peças aqui achadas que podem ser enquadradas entre o séc. III e o I a. C., como mós manuais rotativas, um cossoiro decorado com círculos e pontos, e uma fíbula. O achado de moinhos de naveta ou de “vai e vem” pode pressupor uma ocupação mais antiga, talvez dos finais da Idade do Bronze.

Calvão

Nas faldas da serra da Panadeira ergue-se a aldeia de Calvão, detentora de uma história milenar que nos conduz até à pré-história. Nos povoados castrejos do Outeiro dos Mouros, de Lamarelhas e do Facho, escreveu-se parte da história de um povo que moldou o território numa fantástica relação entre o Homem e a natureza. A identidade das gentes de Calvão revela-se, igualmente, através da sua fé e nas mais diversas manifestações, como são exemplo os cruzeiros, ou as capelas de Nossa Senhora do Amparo ou o Santuário da Senhora Aparecida, um património único que nos convida a explorar um território de lugares fantásticos.

Capela de Nossa Senhora da Aparecida

O culto Mariano adquiriu grande expressividade no território português no curso do século XIX proliferando diversos templos dedicados à Virgem, cujo mais paradigmático é o dedicado à Nossa Senhora dos Remédios em Lamego. Com efeito, a nível rural há igualmente casos excecionais do culto à virgem como é o caso da Nossa Senhora da Aparecida, em Calvão. Tudo começou, em 1833, quando a Virgem terá aparecido a três pequenos pastores: Manuel, Maria Rosa e Teresa Fernanda. O povo imbuído de fé procedeu, nesse mesmo ano, à construção de uma pequena capela. Em 1842 construiu um novo templo, de maiores dimensões, ligada ao primeiro através de um terreiro. Em 1880, a construção de um nicho no topo de um penedo, materializava a fé da população em torno de Nossa Senhora da Aparecida. A principal igreja deste complexo prima pela austeridade decorativa das suas formas e pelo despojamento decorativo do seu interior, concentrado apenas no altar-mor de matriz neoclássica.

Capela de Nossa Senhora do Amparo

A capela de Nossa Senhora do Amparo é uma das mais antigas de Calvão. A capela, em 1617, era dedicada a Nossa Senhora do Rosário, alterando-se o seu orago em data desconhecida. A sua arquitetura é particularmente simples, um apanágio dos modelos executados no século XVII. À capela de Nossa Senhora do Amparo está associado o primeiro campo-santo, ou cemitério do povo em Calvão registado em Novembro de 1835. O fuste de uma coluna da época romana a suportar uma pia baptismal, atesta a antiguidade desta aldeia.

Capela de S. José

A capela de S. José implantada num cabeço na margem esquerda do ribeiro do “Crasto” é o resultado do empenho do Padre Gregório Domingues que, em 1752, a mandou edificar para nela sepultar. Tal ocorreu em dezembro de 1780 deixando no seu testamento rendimentos para a conservação do templo “enquanto o mundo for mundo”. A simplicidade arquitetónica do templo de uma só nave manifesta a vontade do seu instituidor que pretendeu ser sepultado rodeado de um ambiente bucólico.

Igreja de Santa Maria

A igreja de Santa Maria escreve a sua história entre a lenda e a realidade. A lenda remete-nos para o longínquo século XII, quando as filhas de Gralho e Maria Mantela fundaram esta igreja. Desse passado longínquo restam apenas duas sepulturas antropomórficas situadas no adro da igreja e um sarcófago que se encontra atualmente na berma de um caminho junto à fonte pública. As reformas barrocas e neoclássicas levadas a cabo nos séculos XVIII e XIX encarregar-se-iam de descaracterizar ainda mais a secular igreja. Em 1941 o campanário foi destruído por um ciclone e nos anos 90 proceder-se-ia à reconstrução parcial do templo imprimindo a atual configuração. O interior prima pela simplicidade materializada pelo retábulo neogótico onde figuram as imagens de N. Senhora da Assunção, S. Francisco e Santo António.

Outeiro dos Mouros

O Outeiro dos Mouros é um dos mais impressionantes castros da Idade do Ferro do concelho de Chaves. Destacado e imponente, este povoado apresenta três linhas de muralhas, de aparelho faceado que em alguns pontos apresenta ainda três metros de altura.
A sua implantação estratégica de controlo e a existência das linhas de muralhas demonstra bem o cuidado que estas populações da Idade do Ferro tiveram em se defender e de controlar o território envolvente. Defendiam-se de animais, é certo, mas sobretudo de outras comunidades com que manteriam atritos. Estávamos num período onde existiam grupos humanos organizados em tribos que já dominavam o ferro. Isso mesmo demonstram algumas peças aqui achadas que podem ser enquadradas entre o séc. III e o I a. C., como mós manuais rotativas, um cossoiro decorado com círculos e pontos, e uma fíbula. O achado de moinhos de naveta ou de “vai e vem” pode pressupor uma ocupação mais antiga, talvez dos finais da Idade do Bronze.